quarta-feira, 9 de maio de 2018

Exercícios de progressão aritmética e geométrica

Exercícios
Professor Marcelo Beneti

1.    Interpole quatro meios geométricos entre 2 e 486.

2.    Insira três meios geométricos positivos entre 1/27 e 3.

3.    Calcule a soma dos 10 primeiros termos da P.G. (2, 4, 8, 16,...)

4.    Determine a soma dos 5 primeiros termos da P.G. (2, -6, 18,...)

5.    Determine a soma da seguinte P.G infinita (10, 4, 8/5,...)

6.    Quantos termos tem a P.A. (5, 9, 13,...,37)

7.    Determine o 1º termo de uma P.A., onde se conhece: a6 = 17 e r = -4.

8.    Quantos múltiplos de 3 existe entre 10 e 95.

9.    Encontre o termo geral da P.A. (12, 16, 20,...)

10. Calcule o oitavo termo da P.A.(-6, -2, 2,...)

11. Em uma P.A. a1 = 18 e a5 = 6. Calcule a razão.

12. O sétimo termo de uma P.A. é 75 e r = 11. Calcule o primeiro termo.

13. Qual o vigésimo quinto termo da P.A.(2, 5, 8,...)?

14. Calcule a soma dos oito primeiros elementos da P.A.(3, 15, 27,...)

15. Calcule a soma dos elementos da P.A.(-8, -1, 6,...,41)

16. Determine o 8º termo da P.G.(1, 2, 4,...)

Em uma P.G. de razão 3, o 7º, termo é 1458. Calcule a1.

Exercícios de Matemática primeiro ano


Disciplina: Matemática
Professor Marcelo Beneti
1º.A,B e C
Orientações:
a)     Em todos os exercícios demonstrar os cálculos mesmo os que sejam de alternativa, se não for demonstrado o cálculo a questão será considerada errada;
b)    A resposta final à caneta;
c)     O professor não irá tirar dúvidas, não adianta insistir;
d)    A atividade é em dupla.
e)    Entrega dia 28/11 (trazer pronto)
f)      O atraso na entrega acarretará desconto na nota.

Exercícios

1) Uma empresa deve instalar telefones de emergência a cada 42 quilômetros, ao longo da rodovia de 2.184 km, que liga Maceió ao Rio de Janeiro. Considere que o primeiro desses telefones é instalado no quilômetro 42 e o último, no quilômetro 2.142. Assim, a quantidade de telefones instalados é igual a:

a) 50            b) 51             c) 52                d) 53


2) Interpolando-se 7 termos aritméticos entre os números 10 e 98, obtém-se uma progressão aritmética cujo termo central é:

a) 45         b) 52        c) 54         d) 55       e) 57


3) Inserindo-se 5 números entre 18 e 96, de modo que a seqüência (18, a2, a3, a4,a5,a6, 96) seja uma progressão aritmética, tem-se a3 igual a:

a) 43         b) 44          c) 45       d) 46       e) 47


4) Um pai resolve depositar todos os meses uma certa quantia na caderneta de poupança de sua filha. Pretende começar com R$ 5,00 e aumentar R$ 5,00 por mês, ou seja, depositar R$ 10,00 no segundo mês, R$ 15,00 no terceiro mês e assim por diante. Após efetuar o décimo quinto depósito, a quantia total depositada por ele será de:

a) R$ 150,00       b) R$ 250,00        c) R$ 400,00        d) R$ 520,00      e) R$ 600,00


5) Dada a progressão geométrica 1, 3, 9, 27, ..... se a sua soma é 3280, então ela apresenta:

a) 9 termos         b) 8 termos         c) 7 termos          d) 6 termos         e) 5 termos


6)Numa P.A. tem-se que a1=-3 e a19=1. Calcule a razão.

7) Num programa de condicionamento físico uma pessoa começa correndo 300 metros num dia, 400 metros no dia seguinte, 500metros no próximo dia e assim sucessivamente até o décimo dia.Pergunta-se:

a)Quantos  metros correu no décimo dia?

b)Qual o total de metros percorridos por essa pessoas nos 10 dias?

8) Calcule o valor de x para que os números (2x; 1-7x; 3x-11) nesta ordem, formem uma P.A.

9)Para que valor de x a sequência (x-4; 2x; x+2) é uma P.A?

10) Calcule a soma dos 25 primeiros termos da P.A(1;3;5;...)

11) Calcule a soma dos 7 primeiros termos da P.G(8;4;2;1;1/2;...)

13) Se o preço de um carro novo é R$ 20.000,00 e esse valor diminui R$ 1200,00 a  cada ano de uso, qual será o preço deste carro após 5 anos de uso?

15) Interpole 6 meios aritméticos entre 100 e 184.

16) Calcule o 1° termo da P.G em que  a4=64 e q=2.

19) Qual é a razão de uma P.G em que a1= 4 e  a4= 4000?

20) O valor de x, de modo que os números (3x – 1; x + 3 ; x + 9)  estejam, nessa ordem, em PA é:
    A)   1
    B)   0
    C)   -1
    D)   –2

21) O centésimo número natural par não negativo é
    A)   200
    B)   210
    C)   198
    D)   196

22) Um estacionamento cobra R$ 6,00 pela primeira hora. A partir da segunda hora, os preços caem em progressão aritmética. O valor da segunda hora é R$ 4,00 e o da sétima é R$ 0,50. Quanto gastará o proprietário de um automóvel estacionado 5 horas nesse local?
    A)   R$ 17,80
    B)   R$ 20,00
    C)   R$ 18,00
    D)   R$ 18,70

23) Comprei um automóvel e vou pagá-lo em 7 prestações crescentes, de modo que a primeira prestação seja de 100 reais e cada uma das seguintes seja o dobro da anterior. Qual é o preço do automóvel?
    A)   R$ 12 700,00
    B)   R$ 13 000,00
    C)   R$ 11 800,00
    D)   R$ 13 200,00

24) Sabendo-se que a sucessão (x – 1, x + 2, 3x, ...) é uma P.G. crescente, determine x.

25) Determinar o valor de x, de modo que a seqüência (4,4x,10x+6) seja uma PG.

26) (ESA) Em um treinamento de condicionamento físico, um soldado inicia seu primeiro dia correndo 800 m. No diaseguinte corre 850 m. No terceiro 900 m e assim sucessivamente até atingir a meta diária de 2.200 m. Ao final de quantos dias, ele terá alcançado a meta?
A) 31 
B) 29 
C) 27 
D) 25 
E) 23

27) Qual é a soma dos dez primeiros termos da PG
(2,-4,8,-16,...).

28) (PUC-SP) O número de múltiplos de 7 entre 1.000 e 10.000 é:
A) 1280 
B) 1284 
C) 1282 
D) 1286 
E) 1288

29) (UFPR) A soma de todos os números inteiros de 1 a 100, divisíveis por 3, é igual a:
A) 1382 
B) 1200 
C) 1583 
D) 1683 
E) 1700 

30) Explique a importância dos conteúdos de matemática vistos nesse ano? Justifique e dê exemplos.

31) Cada aluno da dupla, faça uma autoavaliação, qual menção você acha que merece pelo que fez durante o ano?






Apostila de Estoque e Gestão de Materiais






GESTÃO

DE

MATERIAIS

2018







Conteúdo                                                                                           Página

A)      Uma Introdução histórica à Administração de Materiais .....      3
B)      Administração de Materiais – Definições...............................       4
1 - Subsistemas Típicos: (normas e qualidade) ........................       
2      -Subsistemas Específicos..................................................................    
C)   Métodos de Previsão e Consumo de Estoques...........................   9

D)   O QUE É PLANEJAMENTO DE MATERIAIS.................................    11
E)   OBJETIVOS do PLANEJAMENTO de MATERIAIS e CONFLITOS  12

F)   SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO  (estocagem) ......................... 14
G)   OBJETIVOS DO ARMAZENAMENTO .............................................  19
H)   O QUE É CONTROLE DE ESTOQUES......................................................   27
I)     Classificação de Materiais..................................................    30

J)    A codificação de materiais............................................................. 31

K)   Compras...........................................................................................   25







A)    Uma Introdução histórica à Administração de Materiais

           Conceitos básicos: Natureza, Capital e Trabalho
A atividade de material existe desde a mais remota época, através das trocas de caças e de utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando pela Revolução Industrial. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a existência do ser humano. A Revolução Industrial, meados dos séc. XVIII e XIX  acirrou a concorrência de mercado e sofisticou as operações de comercialização dos produtos, fazendo com que “compras”e “estoques” ganhassem maior importância. Este período foi marcado por modificações profundas nos métodos do sistema de fabricação e estocagem em maior escala. O trabalho, até então, totalmente artesanal foi em parte substituído pelas máquinas, fazendo com a produção evoluísse para um estágio tecnologicamente mais avançado e os estoques passassem a ser vistos sob um outro prisma pelas administrações

A constante evolução fabril, o consumo, as exigências dos consumidores, o mercado concorrente e novas tecnologias deram novo impulso à Administração de Materiais, fazendo com que a mesma fosse vista como uma arte e uma ciência das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma organização, seja ela qualquer que fosse. Um dos fatos mais marcantes e que comprovaram a necessidade de que materiais devem ser administrados cientificamente foi, sem dúvida, as duas grandes guerras mundiais, isso sem contar com outros desejos de conquistas como, principalmente, o empreendimento de Napoleão Bonaparte. Em todos os embates ficou comprovado que o fator abastecimento ou suprimento se constituiu em elemento de vital importância e que determinou o sucesso ou o insucesso dos empreendimentos. Soldados e estratégias por mais eficazes que fossem, eram insuficientes para o alcance dos resultados esperados. Munições, equipamentos, víveres, vestuários adequados, combustíveis foram, são e serão necessários sempre, no momento oportuno e no local certo, isto quer dizer que administrar materiais é como administrar informações: “quem os têm quando necessita, no local e na quantidade necessária, possui ampla possibilidade de ser bem sucedido”.

Toda produção depende da existência conjunta de três fatores de produção:

Natureza, capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se fundamenta na conjunção desses quatro fatores de produção desses quatro fatores de produção
Cada um dos quatro fatores de produção tem uma função específica, a saber:

a)    Natureza: é o fator que fornece os insumos necessários à produção, como as matérias-primas, os materiais, a energia etc. É o fator de produção que proporciona as entradas de insumos para que a produção possa se realizar. Dentre os insumos, figuram os materiais e matérias-primas;
b)    Capital: é o fator que fornece o dinheiro necessário para adquirir os insumos e pagar o pessoal. O capital representa o fator de produção que permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção;

c)    Trabalho: é o fator constituído pela mão-de-obra, que processa e transforma os    
 insumos, através de operações manuais ou de máquinas e ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados. O trabalho representa o fator de produção que atua sobre os demais, isto é, que aciona e agiliza os outros fatores de produção. É comumente denominado mão-de-obra, porque se refere principalmente ao operário manual ou braçal que realiza operações físicas obre as matérias-primas, com ou sem o auxílio de máquinas e equipa mentos;

d) Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em um conjunto harmonioso que permite que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados no negócio. A empresa constitui o sistema que aglutina e coordena todos os fatores de produção envolvidos, fazendo com que o resultado do conjunto supere o resultado que teria cada fator isoladamente. Isto significa que a empresa tem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um ganho adicional, que é o lucro. Mas adiante, ao falarmos de sistemas, teremos a oportunidade de conceituar esse efeito multiplicador, também denominado sinergia. Modernamente, esses fatores de produção costumam ser denominado recurso empresarial.
Os principais recursos empresariais são:

a)    Recursos materiais,
b)    Recursos financeiros,
c)    Recursos Humanos,
d)    Recursos mercadológicos,
e)    Recursos Administrativos



 Questões
1)    Como surgiu a Administração de Materiais?
2)    Como a Revolução Industrial acirrou a concorrência de mercado?
3)    Explique: Administrar materiais é como Administrar informações?
4)    Defina: Empresa, Capital e Trabalho.
5)    Quais são os principais recursos empresariais?
6)    Faça uma relação entre a tecnologia e a Administração de Materiais.

B) Administração de Materiais – Definições
A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições.
Tais atividades abrangem desde o circuito de re - provisionamento, inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc.
Em outras palavras:

 “A Administração de Materiais visa à garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo  nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total”.

A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo organizado. Destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do suprimento após esse momento poderá levar a falta do material Necessário ao atendimento de determinada necessidade da administração.

Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas consequências: quantidades além do necessário representam inversões em estoques ociosos, assim como, quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à eficiência operacional da organização.
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de quaisquer das situações assinaladas.
Da mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais, etc.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem, portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima, para uma boa Administração de material.
Decompondo esta atividade através da separação e identificação dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes sub -funções típicas da Administração de Materiais, além de outras mais específicas de organizações mais complexas:

1 - Subsistemas Típicos: (normas e qualidade)
1.1- Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material. O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.

1.2- Classificação de Material-subsistema responsável pela identificação (especificação), classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.
1.3 - Aquisição / Compra de Material -subsistema responsável pela gestão, negociação e contratação de compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de Compras assegurar que as matérias-primas exigida pela Produção estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados. Compras não é somente responsável pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no custo do produto.
1.4-Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas normas e métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores;

1.5-Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material.
1.6 -Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.

1.7 -Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.

2 - Subsistemas Específicos

2.1 -Inspeção de Suprimentos -subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administração de Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de suprimento traçada pela administração e proporcionando soluções

2.2 -Padronização e Normalização -subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de menor número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificação e especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de estoques

2.3 -Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela execução do transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto acabado nos clientes e as entregas das matérias primas na fábrica é de responsabilidade do setor de Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de veículos da empresa, e/ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta.
A integração destas subfunções funciona como um sistema de engrenagens que aciona a Administração de Material e permite a interface com outros sistemas da organização.
Assim, quando um item de material é recebido do fornecedor, houve, antes, todo um conjunto de ações inter-relacionadas para esse fim: o subsistema de Controle de Estoque aciona o subsistema de Compras que recorre ao subsistema de Cadastro.
Quando do recebimento, do material pelo almoxarifado, o subsistema de Inspeção é acionado, de modo que os itens aceitos pela inspeção física e documental são encaminhados ao subsistema de Armazenagem para guarda nas unidades de estocagem próprias e demais providências, ao mesmo tempo que o subsistema de Controle de Estoque é  informado para proceder aos registros físicos e contábeis da movimentação de entrada.

O subsistema de Cadastro (1.7), também é informado, para encerrar o dossiê de compras e processar as anotações cadastrais pertinentes ao fornecimento

Os materiais recusados pelo subsistema de Inspeção (2.1),são devolvidos ao fornecedor. A devolução é providenciada pelo subsistema de Aquisição (1.3), que aciona o fornecedor para essa providência após ser informado, pela Inspeção, que o material não foi aceito. Igualmente, o subsistema de Cadastro é informado do evento para providenciar o encerramento do processo de compra e processar, no cadastro de fornecedores, os registros pertinentes. Quando o material é requisitado dos estoques, este evento é comunicado ao subsistema de Controle de Estoque pelo subsistema de Armazenagem. Este procede à baixa física e contábil, podendo, gerar com isso, uma ação de reposição.
Neste caso, é emitida pelo subsistema de Controle de Estoques uma ordem ao subsistema de Compras, para que o material seja comprado de um dos fornecedores cadastrados e habilitados junto à organização pelo subsistema de Cadastro. Após a concretização da compra, o subsistema de Cadastro também fica responsável para providenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega contratual, iniciando o ciclo, novamente, por ocasião do recebimento de material.
Todos esses subsistemas não aparecem configurados na Administração de Materiais de qualquer organização. As partes componentes desta função dependem do tamanho, do tipo e da complexidade da organização, da natureza e de sua atividade-fim, e do número de itens do inventário.

   RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DA  ADMINISTRAÇÃO  de  MATERIAIS

a)    Suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu funcionamento;

b)    Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores;

c)    Supervisionar os almoxarifados da empresa;

d)    Controlar os estoques;

e)    Aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios aprovados pela direção da empresa;

f)     Manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de Produto, Financeira etc.

g) Estabelecer sistema de estocagem adequado;
h) Coordenar os inventários rotativos;

Os principais objetivos da área de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais:




a)    Preço Baixo
- Este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;

b)    Alto Giro de Estoques
Implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;

c)    Baixo Custo de Aquisição e Posse
Dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;

d)    Continuidade de Fornecimento
É resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por este item;

e)    Consistência de Qualidade
A área de materiais é responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais;

f)     Despesas com Pessoal
Obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com menor despesa em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. “Às vezes compensa investir mais em pessoal porque pode se alcançar com isto outros objetivos, propiciando maior benefício com relação aos custos .

g)    Relações Favoráveis com Fornecedores
A posição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornece dores;

h)    Aperfeiçoamento de Pessoal
Toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal;

i)     Bons Registros
São considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.

Questionário

1)    Defina Administração de Materiais.
2)    Como é conceituada a Administração de Materiais Moderna?
3)    Explique como o excesso de materiais pode prejudicar uma empresa?
4)    Idem faltas de materiais.
5)    Subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material. Estamos falando de: (assinale a alternativa correta).
a)    Controle Financeiro
b)    Controle de estoque
c)    Inspeção de recebimentos
d)    Transporte de Material
6)    Quais as responsabilidades e atribuições da administração de materiais?
7)    Explique os principais objetivos da administração de recursos materiais e patrimoniais.
.
C)   Métodos de Previsão e Consumo de Estoques

1)    Método do último período
Método sem fundamentação matemática que consiste em apenas repetir o consumo do último período.
Exemplo:
Anos
Consumo
2006
44
2007
55
2008
54
2009
52
2010
?

De acordo com a tabela o consumo previsto para 2010 seria:
52   (o último período foi 2009 que teve um consumo de 52 unidades).
2)    Método da Média Móvel
Consiste em tirar a média dos últimos períodos conforme solicitado pela gerência de materiais.
Exemplo:
Anos
Consumo
2006
44
2007
55
2008
54
2009
52
2010
?

Qual a previsão de consumo para 2010 para n = 2?
Logo:  (52+54):2 = 53 (para n=2) o consumo previsto para 2010 será de 53 unidades.
e   para n = 3   ,  Logo: (52+54+55):3 = 53,666667 , podemos arredondar para 54 unidades, então a previsão de consumo para 2010 para n=3 é de 54 unidades.

3)    Média Móvel Ponderada
Neste método são atribuídos pesos em porcentagem ou mesmo em valores , respeitando a seguinte ordem: os pesos maiores são atribuídos aos anos mais recentes
Anos
Consumo
Porcentagem
Resultado
2006
44
5%
2,2
2007
55
10%
5,5
2008
54
30%
16,2
2009
52
55%
28,6
2010
?

52,5

Logo a previsão para 2010 será de 52,5 unidades, vamos arredondar para 53 unidades.
Exercícios
1)    Usando os métodos do último período e média móvel (usando n=2, n=3, n=5), calcule a previsão de consumo para 2012 usando a tabela:

Anos
Consumo
2006
132
2007
134
2008
145
2009
147
2010
135
2011
138
2012


2)    Agora vamos calcular a previsão para 2012, usando o método da média móvel ponderada.

Anos
Consumo
Porcentagem
Resultado
2006
132
3%

2007
134
7%

2008
145
12%

2009
147
20%

2010
135
22%

2011
138
36%

2012

100%


3)    Explique com suas palavras a importância dos métodos de previsão de estoques.
4)    Calcule a previsão de consumo do mês 6 usando o método da média móvel ponderada.

Mês
Consumo
Peso
Resultado
1
10.000
1

2
9.000
2

3
11.500
3

4
10.500
4

5
10.400
5

6
?



D)    O QUE É PLANEJAMENTO DE MATERIAIS?

Segundo Faria (1985) o conceito de planejamento de estoques seria:O estabelecimento da distribuição racional no tempo e no espaço dos recursos disponíveis, como o objetivo de atender um menor desperdício possível a hierarquia de prioridades necessárias para a realização, com êxito, de um propósito previamente definido".
O dilema do gerenciamento de estoques está fundamentado em dois fatores:

-       O primeiro consiste em manter estoques a níveis aceitáveis de acordo com o mercado, evitando a sua falta e o risco de obsolescência;

-       O segundo trata dos custos que esses proporcionam em relação aos níveis e ao dimensionamento do espaço físico.

Assim nenhuma organização pode planejar detalhadamente todos os aspectos de suas ações atuais ou futuras, mas todas podem e devem ter noção para onde estão dirigindo-se e determinar como podem chegar lá, ou seja, precisam de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo.

Neste posicionamento todas as empresas devem constituir políticas para a administração de materiais, que atribui grande ênfase às compras, buscando a cada dia criar parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a qualidade de seus produtos e o bom atendimento a seus clientes.

.1) OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE MATERIAIS

a)    Planejamento de Estoques a longo prazo
O planejamento de longo prazo é aquele que os gerentes de produção estabelecem planos relativos ao que pretendem fazer e quais os recursos para atingir os seus objetivos. A ênfase então,está direcionada mais para o planejamento do quê o controle, pois existe pouco a ser controlado. Ainda neste caso, as previsões de demanda prováveis serão consideradas de modo geral, sem definir atributos específicos, assim ao levar em frente essas atividades os gerentes estarão preocupados somente em atingir metas financeiras, e serão desenvolvidos orçamentos que definam custos e receitas a serem atingidas.

b) Planejamento de Estoques a médio prazo
O planejamento a médio prazo, estará preocupado em mais detalhes, e se necessários redirecioná-los. A preocupação será quanto aos planos de contingências que terão de ser dimensionados de modo que permitam desvios nos planos originais. Essas contingências atuarão como recursos de reservas, tornando o planejamento e controle mais práticos de serem executados.
c) Planejamento de Estoques a  curto prazo
O planejamento a curto prazo, será a fase em que os recursos já estarão definidos e portanto muito difícil de serem feitas alterações de grande porte, porém as pequenas são possíveis, já que a demanda será avaliada de forma mais detalhada. Estas alterações no plano original tentarão equilibrar a qualidade, a rapidez, a confiabilidade, a flexibilidade e os custos das operações, mas não será possível fazer cálculos detalhados dos efeitos destas decisões sobre os objetivos globais.

E)   OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE MATERIAIS E CONFLITOS

Segundo Faria (1985) define: "O principal objetivo do planejamento é conduzir o indivíduo ou a instituição a realização de seus fins, disciplinando a ação e evitando que a dispersão de esforços e a falta de continuidade possam ocasionar o fracasso, pela perda dos recursos e de confiança dos agentes executores na instituição e nos desígnios". Analisamos que o objetivo citado aplicado à política de estoques, tem como meta principal otimizar os estoques, aumentando o seu uso eficiente para minimizar o capital investido.
Podemos citar que a administração de estoques deve conciliar da melhor maneira possível os objetivos dos diversos departamentos da empresa. Contudo nem sempre isto acontece, criando assim conflitos entre os mesmos. Nesta administração, todos os departamentos devem estar envolvidos com as atividades do controle de estoque, obtendo assim uma mudança na forma tradicional de visualizar o estoque. Estes conflitos podem gerar deficiências que Richard Neushel e Allan Fuuler definem como sendo as reclamações contra sistemas específicos e não por crítica ao sistema global. Alguns desses sistemas normalmente encontrados são:
a) periódicas e grandes dilatações dos preços de entrega para os produtos acabados e dos tempos de exposição para a matéria-prima;
b) quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante;
c) elevação do número de cancelamentos de pedidos ou mesmo devoluções de produtos acabados;
d) variação excessiva da quantidade a ser produzida;
e) freqüentemente a produção cessa por falta de material;
f) falta de espaço para armazenamento;
g) baixa cotação de estoques, obsoletismo em demasia;
Conflitos interdepartamentais, quanto a estoques

Matéria Prima
(Alto estoque)
DEPTO. DE COMPRAS
 Desconto sobre as quantidades a serem compradas.
DEPTO. FINANCEIRO
·         Capital investido;
·         Juros perdidos.

Material em processo
(Alto estoque)
DEPTO. DE PRODUÇÃO
·         Nenhum risco de falta de material;
·         Grandes lotes de fabricação.
DEPTO. DE CUSTOS
·         Maior risco de perdas e obsolescência;
·         Aumento do custo de armazenagem.

Produto acabado
(Alto estoque)
DEPTO. DE VENDAS
Entregas rápidas.
Boa imagem, melhores vendas.
DEPTO. FINANCEIRO
Capital investido;
Maior custo de armazenagem.

Questionário
1)    Defina planejamento com suas palavras.
2)    O que você entende por otimizar?
3)    Explique o planejamento de estoques:
A longo prazo, médio e curto prazo.
4)    Qual o objetivo do planejamento de materiais?
5)    O que seriam os conflitos e que os mesmos podem gerar.


Atividade Prática: O caso da empresa “ Bons Sonhos”

De maneira resumida, o processo de fabricação dos colchões Bons Sonhos se divide em quatro etapas: a fabricação da espuma, a preparação do tecido, a montagem do colchão e o controle de qualidade.

1.    Fabricação da espuma.
São Utilizadas duas matérias-primas básicas derivadas do petróleo, o TDI (tolueno diisocianato de metila), que é uma substância cristalina como a água, e o poliol, também cristalino, porém um pouco mais turvo. A estas duas substâncias são acrescentados estabilizadores, tais como silicone, corantes, etc.
Esses ingredientes são colocados em uma grande batedeira, onde são misturados por alguns segundos. Em seguida, a mistura é colocada em uma forma onde ocorre a reação química que, depois de mais alguns segundos, dará origem à espuma.
Após aguardar o crescimento da espuma, o bloco é colocado para esfriar, por um período de 24 horas. Só assim o bloco é cortado nas medidas dos colchões.

2.    Preparação do tecido de revestimento
Enquanto a espuma é fabricada, o tecido também vai ganhando forma. Na fábrica de Gabriel, os tecidos são compostos por poliéster, que é um tipo de plástico, e algodão.
A manta de tecido (feita de poliéster e algodão) é colocada em uma máquina juntamente com uma manta de espuma, onde é realizado o bordado da peça. Concluído o processo de bordar a peça, ela é cortada nas medidas dos colchões.

3.    Montagem do colchão
Agora é só colocar o bloco de espuma e as peças de tecido de mesmo tamanho em uma máquina de costura própria para colchões, para finalizar o trabalho.
4.    Controle de qualidade
Depois de pronto, o colchão passa por um controle de qualidade e, se aprovado, vai para a loja.

Situação Atual da empresa Bons Sonhos
Alguns fatos que preocupam, e muito: para reduzir os custos, O diretor  passou a comprar as matérias-primas num país vizinho, sem nota fiscal. Para aproveitar uma promoção, ele estocou máquinas de costura e de preparação do tecido em um galpão, ao lado da fábrica.
Últimos acontecimentos: quatro revendedores dos colchões Bons Sonhos foram devolver o produto, alegando os seguintes problemas:
·         Espuma com coloração amarelada.
·         Manchas de óleo no tecido.
·         Algodão soltando por entre o tecido.
·         Tecido soltando da espuma.
E agora? O que você mudaria para melhorar a Administração de Materiais da fábrica ? Identifique e liste as possíveis causas de tantos problemas. Liste também algumas alternativas de solução.

F)   SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO  (estocagem)


·         Carga unitária: Embalagens de transporte (“pallets”) arranjam uma certa quantidade de material (como se fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte e armazenagem, economizando tempo de armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra e área;
Resultado de imagem para carga unitária

·         Caixas ou gavetas: Ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas, material de escritório, etc, até na própria seção de produção;



·         Prateleiras: Destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas. Adequadas para peças pequenas e leves e quando o estoque não é muito grande. Constitui o sistema mais simples e econômico


·         Raques: Para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes). Podem ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento;




·         Empilhamento: Uma variante das caixas, para aproveitar ao máximo o espaço vertical, reduzindo a necessidade de divisões nas prateleiras (formando uma única prateleira) e facilitando a utilização das empilhadeiras. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma distribuição quantitativa;



·         Container flexível: É uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e líquidos em sacos.



ARMAZENAMENTO CENTRALIZADO X ARMAZENAMENTO DESCENTRALIZADO


CENTRALIZADO
DESCENTRALIZADO
Estocagem em um único local
Estocagem junto aos pontos de utilização
Facilita         o planejamento da produção,     o inventário e  o controle
A entrega e o inventário são mais rápidos, o trabalho com o fichário e documentação é menor


INVENTÁRIO FÍSICO


É a verificação da existência dos materiais da empresa, através de um levantamento físico de contagem, para confrontação com os estoques registrados nas fichas, efetuado periodicamente, para efeito de balanço contábil físico e financeiro do almoxarifado, seções, depósitos e de toda a empresa, atendendo a exigência fiscal da legislação.

1 - Levantamento


·         Os inventariantes são escolhidos e agrupados em duas equipes: “de contagem” (ou “de reconhecimento”) e “revisora” (ou de revisão);
·         Devem ser agrupados os itens iguais, identificados com os cartões e isolados os que não serão inventariados.


2 - Contagem


1)    Cada item é contado duas vezes;

2)    A primeira contagem é feita pela "equipe recolhedora", que fixará o cartão de inventário em cada item, anotando a quantidade da contagem no destaque do "cartão de inventário";

3)    A Segunda contagem é feita pela "equipe revisora".

Obs: Todos os registros de movimentações de estoque devem ser atualizados até a data do inventário, quando deverão ser suspensas para evitar erros

 

3 - Apuração


O coordenador do inventário deverá conferir ambas as contagens. Se positivo, o inventário para o item está correto, se não deverá haver uma terceira contagem por outra equipe diferente.

4 - Conciliação


Em caso de divergências, os responsáveis pelo controle do estoque deverão justificar as diferenças entre o estoque contábil e inventariado, através de relatório.

G)   OBJETIVOS DO ARMAZENAMENTO

O avanço tecnológico proporcionou a otimização de uma série de processos e rotinas das organizações. Na área de armazenagem, introduziram-se novos métodos de racionalização e fluxos de distribuição de produtos, estendendo as melhorias à adequação das instalações e utilização de novos equipamentos para movimentar cargas. A prática do armazenamento visa utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível. Logo, as instalações devem proporcionar rápida movimentação de materiais, de maneira fácil e prática.

G.1) CUIDADOS ESSENCIAIS PARA A ARMAZENAMENTO
1.        Determinação do local;
2.        Definição adequada do layout;
3.Definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais;
4.        Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
5.        Segurança patrimonial contra furtos, incêndios, etc.

G.2) RESULTADOS DA OTIMIZAÇÃO DA ARMAZENAMENTO

1.    Máxima utilização do espaço;    
2.    Efetiva utilização dos recursos disponíveis;      
3.    Pronto acesso a todos os itens (seletividade);
4.    Máxima proteção aos itens estocados;
5.    Boa organização;
6.    Satisfação das necessidades dos clientes.


G.3) CRITÉRIOS DE ARMAZENAMENTO

Existem dois tipos de armazenagem, a simples e a complexa. O que determina a complexidade da armazenagem são as características intrínsecas dos materiais, que variam em relação a:

Fragilidade
Combustibilidade
Volatização
Oxidação
Explosividade
Intoxicação
Radiação
Corrosão
Inflamabilidade
Volume
Peso
Forma

Esses materiais demandam as seguintes necessidades básicas:
Preservação especial
Equipamentos especiais anti-incêndio
Equipamentos especiais para movimentação
Meio ambiente especial
Estrutura de armazenagem especial
Manuseio especial


G.4) TIPOS DE ARMAZENAMENTO

O esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanho e respectivo valor. A disposição dos materiais deve se enquadrar em uma das alternativas que melhor atenda a seu fluxo:
a)    Armazenagem por agrupamento: Facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço;
b)    Armazenagem por tamanhos: Permite bom aproveitamento do espaço; gem por tamanhos: Permite bom aproveitamento do espaço;




c)    Armazenagem por freqüência: Implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os materiais que tenham maior freqüência de movimentos;

d)    Armazenagem Especial
Armazenagem de água.
- Ambiente climatizado: Destinado a materiais que exigem tratamento especial;

Completo sistema de gerenciamento logístico. Área de armazenagem com temperaturas controladas e monitoradas 24 horas. Os técnicos responsáveis são automaticamente acionados via celular em situação de desvio. Moderna câmara fria, que trabalha com dois motores intercalados e permite os produtos sejam manuseados dentro da própria câmara, evitando desvios de temperatura. Controle de pragas Controle de acesso às áreas de armazenagem com senha individual. Equipamentos calibrados e validados.

- Inflamáveis: Os produtos inflamáveis obedecem rígidas normas de segurança.



- Perecíveis: Devem ser armazenados segundo o método “FIFO” (“First in First Out”) – “o primeiro que entra é o primeiro que sai".

e)    Armazenagem em área externamuitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui os custos e amplia o espaço interno. Podem ser colocados em áreas externas material a granel, tambores e contentores, pecas fundidas, chapas de metal e outros.
Exemplo abaixo:
Blocos de concreto


Coberturas Alternativas
- Galpão fixo: Construído com perfilados de alumínio extrudado e conexões de aço galvanizado, cobertos com laminado de PVC anti-chama, de elevada resistência a rasgos, fungos e raios ultravioleta;


- Galpão móvel: Semelhante ao galpão fixo, com a vantagem de possuir flexibilidade (capacidade de deslocamento) permitindo a manipulação de materiais em qualquer lugar, eliminando a necessidade de corredores.  
Exemplo: tenda de garagem de estacionamento.


Exemplo: Galpões Infláveis

Independente de qualquer critério ou consideração à seleção do método de armazenamento, é oportuno salientar a conveniência a respeito às indicações contidas nas embalagens em geral, por meio dos símbolos convencionais que indicam os cuidados a serem seguidos no manuseio, transporte e armazenagem, de acordo com a carga contida.

Questionário

1)    Cite e explique os sistemas de armazenamento.
2)    Defina inventário físico.
3)    Qual o objetivo do armazenamento?
4)    Explique os cuidados ao armazenar.
5)    Explique os tipos de armazenamento.
6)    O que determina a complexidade da armazenagem?


H)   O QUE É CONTROLE DE ESTOQUES

De acordo com Monks (1987) a definição do sistema de controle de estoque é o seguinte: "Os sistemas do controle são as técnicas de pedido e controle usados para controlar a quantidade e a duração das transações de estoque". Na realidade nem na teoria nem na prática, fica nítida a diferença entre planejamento e controle. Podemos definir o planejamento como o conjunto de intenções que devem viabilizar o processo, e o controle como sendo o conjunto das ações que direcionam um plano para executá-las. O controle inclui o monitoramento do que aconteceu na realidade em comparação com o que fora planejado e as ações para providenciar as mudanças necessárias para o realinhamento do plano.


I)     Classificação de Materiais

SISTEMA ABC
O Sistema ABC, conforme conceito definido por Dias (1995), diz que a classificação dos itens é justificada pela sua importância em relação ao controle de estoques, isto é, para os itens com menor valor (consumo), o grau de importância na administração de estoques é mínima, e para os itens com maior valor, o grau de importância é máximo. Sendo assim, classificam-se os itens conforme abaixo:
- Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com atenção especial pela administração;
- Classe B: Grupo de itens com situação intermediária entre A e C;
- Classe C: Grupo de itens de menor importância com pouca atenção para a administração;
Com estas definições podemos ordenar os itens de acordo com sua importância, ou seja, definimos o seu grau conforme o valor do item em estoque. Após ordenarmos de acordo com a coluna de valor do item em ordem decrescente, calcula-se as porcentagens de cada um em relação ao valor total cumulativo. De posse desta nova tabela podemos construir a curva ABC ou como é chamada, "Curva de Pareto", que consiste de um sistema de eixos cartesianos em que no eixo das abscissas (x) é registrado o número de itens, no eixo das ordenadas (y) são marcadas as somas acumuladas aos valores de consumo. Inicia-se a construção pelo item de maior valor de consumo acumulado, o qual será marcado da esquerda para a direita e assim sucessivamente. Marcados todos os pontos relativos aos itens, podemos interligar os mesmos formando assim a curva ABC. Para a obtenção das classes são consideradas geralmente 20% dos itens para a classe A, 30% dos itens para a classe B e os 50% restantes para a classe C. Essas porcentagens poderão variar de acordo com a política adotada pela gerência quanto as necessidades do mercado. Como resultado teremos, em conseqüência, valores altos para a classe A com poucos itens relativos, na classe B os valores são intermediários para um número maior de itens e na classe C os valores serão pequenos para uma grande quantidade de itens.

Exemplo de utilização da curva ABC
Partindo do estudo dos inventários para usarmos como exemplo, o primeiro passo dentro da análise é identificar os critérios que serão utilizados. Vamos pegar, por exemplo, dois critérios geralmente usados, o giro de um item e sua lucratividade.
As empresas devem priorizar ter um giro melhor dos produtos que possuem maior margem de lucratividade, utilizando de seus esforços para melhorar os canais de compra destas mercadorias e sua logística interna na empresa. Agora, para os itens de menor giro e menor margem, a empresa pode diminuir seus esforços de compra e logística, podendo até mesmo eliminar os produtos de pior classificação.
Para montar a análise é necessário montar uma tabela com a participação de cada item na receita total da empresa, assim cria os critérios de avaliação. Por exemplo, quais itens representam 80% da receita, os 15% e os últimos 5%. Geralmente, o resultado é semelhante ao mostrado no gráfico abaixo. Na maioria dos casos, uma parte menor da causa corresponde a uma parte maior dos efeitos.
                              http://www.sobreadministracao.com/wp-content/uploads/2010/12/grafico-ABC.jpg


             Tabela da Curva ABC

Material
Preço Unitário (R$)
Consumo anual em unidades
Valor do consumo anual
% sobre o valor total
P – 01
  43,00
2.000
86.000,00
26,94
P – 02
  94,00
   700
65.800,00
20,61
P – 03
  13,00
5.000
65.000,00
20,36
P - 04
  50,00
    900
45.000,00
14,10
P – 05
100,00
    400
40.000,00
12,53
P – 06
 27,00
    400
10.800,00
  3,38
P – 07
   4,00
  1.000
  4.000,00
  1,25
P – 08
   0,15
10.000
  1.500,00
  0,47
P – 09
   0,05
20.000
  1.000,00
  0,31
P – 10
   0,01
10.000
    100,00
  0,03
Total


319.200,00
100

Repare que a última coluna retrata o percentual do custo de cada material sobre o valor total consumido no ano.
A fórmula para o cálculo percentual do custo de cada material sobre o valor total consumido no ano é a seguinte:

VC/CTA

VC: Valor do consumo de cada item
CTA: Consumo total anual, ou seja, a soma do consumo anual de todos os materiais.

Repare na tabela, que os três primeiros materiais participam com mais de 60% do custo dos materiais, enquanto os três últimos representam menos de 1% do custo total.
Os materiais que representam o maior custo tornam-se estratégicos na organização e, por isso, merecem atenção especial, tanto na escolha do fornecedor como na negociação do preço.

Conclusões
Com a utilização da Curva ABC, será muito mais fácil para o gestor gerenciar seu estoque dentro da organização, por isso é importante conhecer todas as variáveis desta ferramenta.

Classificação de acordo com a importância operacional

Determinado material é imprescindível para o processo de produção?
É para a qualidade final do produto? Por exemplo, em uma pequena fábrica de bijuterias, é possível produzir sem as imitações de pérolas? Mesmo sendo importantes, existem muitas alternativas disponíveis no mercado, ou há apenas um fornecedor e um produto?


C1: Materiais de pouca importância, com existência de similares.
C2: Materiais de importância média, com ou sem similares.
C3: Materiais de importância vital, sem similares.


Exemplo:

Pense no caso de um pequeno salão de beleza: um bonito prendedor de cabelo pode trazer um diferencial, mas é de pouca importância. Há muitos materiais semelhantes. Além disso, a própria cliente pode levar o material quando desejar um penteado especial. Portanto é C1.
Um óleo para finalização de um penteado tem média importância. Afinal é possível fazer o penteado sem  ele. Há produtos similares, como cremes para finalização. Pode ser considerado um C2. Agora imagine que um fabricante lançou uma tinta para cabelos que traz melhores resultados que as concorrentes, e é muito procurada pelos clientes. Por ser um produto novo, não há outro material que o substitua ainda. É, portanto, um C3.

Outros tipos de classificações de materiais


Os materiais podem ser classificados ainda de outras maneiras, desde que sejam relevantes para o administrador. Os materiais podem ser classificados de acordo com a sua:

Perecibilidade: Refere-se a materiais que podem se estragar com o passar do tempo, ou até mesmo se tornar desnecessários após um período.
Periculosidade: É importante para a identificação de materiais como, por exemplo, produtos químicos e gases, que podem oferecer riscos à segurança. Essa classificação é importante para determinar normas de manuseio, transporte e armazenagem. Você notou que existe essa classificação no botijão de gás? Nos caminhões tanques que transportam gasolina, há a classificação “inflamável”, indicando que o conteúdo poderá pegar fogo caso seja exposto a situações de riscos, como por exemplo, se o aquecimento do veículo for in tenso.


Exemplo:

Você já foi a um show no qual o ingresso era um quilo de alimento perecível? Valer-se dessa classificação é comum quando o objetivo é angariar materiais para uma campanha beneficente e é necessário juntar bastante coisa, durante um bom tempo, antes de enviar aos beneficiários.


J)    A codificação de materiais


Como identificar uma pessoa diante da imensa população brasileira? O que identifica você? Um documento? Um número, uma imagem? Certidão de nascimento, carteira de identidade, CPF, carteira de habilitação, carteira de trabalho...Na vida pessoal são tantos números, tantos documentos, tantos códigos.
Quando falamos de materiais, a situação não é diferente. Como, então, identificar a enorme quantidade de materiais que circulam numa organização de grande porte? Para isso, existem diversos tipos de codificação, similares à dos nossos documentos. Cada material ganha um código numérico pelo qual é identificado.

Existem vários métodos de codificação. A seguir, você verá um exemplo bastante utilizado.




Exemplo:

01.004.91-3

01 – Família ou grupo de materiais
004 – Classe de materiais dentro da família
91 – Numeração específica do item
3 – Digito de segurança


Detalhando o código

01 – Material de escritório
004 – Canetas
91 – Caneta tipo Bic
3 – Digito de segurança do próprio sistema, onde os materiais estão cadastrados.

Questionário

1)    Cite e explique os métodos de classificação de materiais.
2)    Dê um exemplo de seu conhecimento da classificação operacional (pegue um exemplo que não seja do texto).
3)      Dê exemplos da classificação por perecibilidade e periculosidade.

Agora veremos um pouco sobre a área de compras que é fundamental na área de logística.

K)    Compras
É o setor responsável por atender as solicitação dos demais departamentos no que se refere à materiais diretos e indiretos. Existe um processo no departamento de compras como segue:
1)SOLICITAÇÃO DE COMPRAS

A Solicitação de Compras é um documento que dá a autorização para o comprador executar uma compra. Seja para materiais produtivos ou improdutivos ela é solicitada para um programa de produção, para um projeto que se está desenvolvendo ou ainda para abastecimento geral da empresa. É o documento que deve informar o que se deve comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local da entrega e, em alguns casos especiais, os prováveis fornecedores.




2)    COLETA DE PREÇOS
A cotação é o registro do preço obtido da oferta de diversos fornecedores em relação ao material cuja compra foi solicitada. Não deve ter rasuras e deverá conter preço, quantidade e data do recebimento na Seção de Compras; deverá ainda estar sempre ao alcance de qualquer consulta e análise de Auditoria quando for solicitada.

É um documento que precisa ser manuseado com atenção; os elementos aí contidos devem fornecer não somente ao comprador, mas também a qualquer outro os informes completos do que se está pretendendo comprar, para que a cotação dada corresponda exatamente ao preço do produto requerido e não surjam dúvidas futuras por insuficiên­cia de dados ou das características exigidas. Para melhor análise desses dados, eles podem ser transcritos em um mapa que é a cópia fiel das cotações recebidas, a fim de que se tenha uma melhor visualização. Existem casos em que a empresa utiliza a própria solicitação de compras para registro da coleta de preços.
3)    CONDIÇÕES DE AQUISIÇÃO
Ao se fazer uma cotação de preços para determinado equipamento ou produto, os fornecedores em potencial enviam propostas de fornecimento, que informam preço, prazo, reajuste e uma serie de condições gerais que estabelecem. A empresa, por intermédio do comprador, fixa também diversas condições para o fornecedor. Vejamos algumas das condições mais usuais que são feitas pelos fornecedores.

4)    Condição De Pagamento

Em casos de atrasos na entrega de mercadorias sem culpa do fornecedor, as datas dos pagamentos permanecerão as mesmas, como se a entrega tivesse sido feita na data devida. Se as condições de pagamento, inclusive as relativas ao reajuste de preços, não forem observadas além da correção monetária, a ser calculada com base nos índices conjuntural publicado pela F.G.V. e proporcional ao atraso ocorrido, o comprador ficará sujeito ao pagamento de multa moratória de 1% ao mês sobre as importâncias devidas sem necessidade de qualquer interpelação, judicial ou extrajudicial.

O comprador não pode suspender ou reduzir os pagamentos baseado em reclama­ções não reconhecidas como procedentes pelos vendedores. Se, por ocasião do término da fabricação não for possível o despacho do material, por motivos alheios à vontade do fornecedor, efetua-se o respectivo faturamento, correndo a armaze­nagem por conta exclusiva do comprador.

O pagamento inicial efetuado pelo comprador, mesmo sem o envio do pedido, traduz a concorrência tácita do volume do fornecimento, das características técnicas e das condições constantes da proposta. Consistindo o pedido em várias ou diferentes unidades, assiste-nos o direito de fornecer e faturar cada unidade separadamente. As duplicatas extraídas em conformidade com as condições de pagamento ajustados devem ser aceitas nos termos da legislação em vigor. Um eventual reajuste de preço deverá ser pago contra apresentação da respectiva fatura.

5)    Prazo de Entrega

Os prazos de entrega são geralmente indicados na proposta em dias úteis de trabalho, de acordo com a programação estimada na data da proposta. Portanto, para que tenha validade, por ocasião da encomenda, os prazos devem ser expressamente confirmados. O prazo de entrega deverá ser contado a partir da data do recebimento do sinal e da primeira parcela do preço de venda ou da data de nossa confirmação, por escrito, do pedido expressamente aceita por nós.

O prazo, inclusive para efeito do cálculo do reajuste de preço, ficará prorrogado de tantos dias quantos forem os dias da mora no pagamento das prestações ajustadas ou nos casos de qualquer das seguintes ocorrências:

- Informações, documentação e esclarecimentos pedidos ao comprador, a pes­soas ou entidades indicadas pelo mesmo comprador, e não respondidos ou entregues no devido tempo;

- Atrasos por motivos de força maior, tais como guerra, revolução, motim perturbação da ordem, epidemias, inundações, incêndio, explosão greves e de, modo geral, geral, acontecimentos fortuitos, alheios á vontade; inclusive falhas de fabricação e impossibilidade na obtenção de matérias-primas.

São bastante normais atrasos nos prazos de entrega dos fornecedores, porém esta situação deve, na medida do possível, ser evitada; o comprador deverá manter um acompanhamento constante desses prazos, comunicando ao fornecedor quando os atrasos passam a ser significativos.

6)    Local De Entrega

Salvo o que diferentemente for estabelecido, a entrega do material é efetuada na fábrica. O material, uma vez pronto, total ou parcialmente, deverá ser retirado logo após o aviso. Na impossibilidade da retirada do mesmo, por motivos independentes à sua vontade, o fornecedor reserva-se o direito de despachá-lo ao endereço do comprador, por sua conta e risco, ou de armazená-lo, igualmente por sua conta e risco, mantendo-o à distância do mesmo, sendo considerado entregue. Os venci­mentos, para efeito de pagamento, são contados a partir da data do aviso de disponibilidade.

Exceções ou modificações dessas "Condições Gerais" somente serão válidas quando forem aceitas por escrito. Na existência de condições de compra, estabelecidas pelo comprador, contrárias às condições gerais, prevalecem estas últimas.

7)  PEDIDO DE COMPRA

O Pedido de Compra é um contrato formal entre a empresa e o fornecedor, devendo representar fielmente todas as condições e características da compra aí estabelecidas; razão pela qual o fornecedor deve estar ciente de todas as cláusulas e pré-requisitos constantes do impresso, dos procedimentos que regem o recebimento das peças ou produtos, dos controles e das exigências de qualidade, para que o pedido possa legalmente ser considerado em vigor. As alterações das condições iniciais também devem ser objeto de discussões e entendimentos, para que não surjam dúvidas e venha a empresa a ser prejudicada com uma contestação pelos fornecedores envolvidos.

O Pedido de Compra tem força de contrato e a sua aceitação pelo fornecedor implica o atendimento de todas as condições aí estipuladas, tais como: quantidade, qualidade, freqüência de entregas, prazos, preços e local de entrega. Deve-se alertar o fornecedor para a propriedade dos desenhos e marcas exclusivas da compradora e para as implicações legais daí decorrentes.

Cuidados especiais devem ser tomados na negocia­ção que envolva a encomenda e a compra de uma ferramenta específica, evitando-se que a mesma não venha a ser fornecida a terceiros. Os pedidos de compra devem sempre ser remetidos ao fornecedor por intermédio de um protocolo, para o qual se farão registros e controles.

É bastante comum que no verso do Pedido de Compra cada empresa registre as suas condições de compra, que são características especiais da estrutura de cada empresa e da sua política de Compras. Essas Condições poderiam ser, de maneira geral, as seguintes:
- As mercadorias deverão ser entregues absolutamente dentro do prazo combinado. A não-observância da presente cláusula garante-nos o direito de cancelar este Pedido de Compra em todo ou em parte, sem qualquer prejuízo de nossa parte;
- Todo material fornecido deverá estar rigorosamente de acordo com o nosso pedido, no que se refere a especificações, desenhos etc., e sua aceitação é condicionada à aprovação de nossa inspeção. Em casos de rejeição será colocado a disposição por conta e risco do fornecedor, até sua retirada. Qualquer despesa de transporte, relativa a materiais assim rejeitados, ocorrera por conta do fornecedor;
- Reservamo-nos o direito de recusar e devolver, às custas do fornecedor, qualquer parcela de material recebido em quantidade superior àquela cujo fornecimento foi autorizado pela presente;
- A presente encomenda não poderá ser faturada por preço mais elevada do que aquele aqui estabelecido, salvo prévia modificação e posterior consentimento de nossa parte;
- Não serão aceitas responsabilidades de pagamentos referentes a transporte, embalagem, seguros etc., salvo se especificadamente autorizados pela presente;
- Qualquer débito resultante de pagamento por parte do fornecedor sobre transporte, embalagem, seguro etc., quando autorizado, deverá ser corretamente documentado junto à fatura correspondente ao fornecimento feito;
- Fica expressamente entendido que o fornecedor será considerado estritamente responsável por qualquer obrigação ou ônus resultante da venda ou fabricação de qualquer dos itens deste pedido de compra que viole ou transgrida qualquer lei, decreto ou direitos de patentes e de copyright ou marca registrada;
- Não assumimos qualquer responsabilidade por mercadorias, cujas entregas não tenham sido autorizadas por um Pedido de Compra devidamente aprovado ou que, de qualquer modo, não estejam de acordo com os termos e condições   supra -  esta­belecidas;

- Garanta a possibilidade de novos pedidos respeitando o estabelecido nos itens acima. Pedimos, em beneficio recíproco, avisar-nos por telefone, telegrama ou carta sobre qualquer dilatação que venha a sofrer o prazo de entrega originalmente fixado ou sobre sua impossibilidade de cumprir qualquer das cláusulas acima.

Ao receber um produto do fornecedor existem normalmente algumas divergências entre aquilo que foi solicitado e o que efetivamente o fornecedor entregou, ou divergências com qualquer negociação combinada anteriormente constante no Pedido de Compra. Para evitar comunicações extensas e periódicas, lança-se mão de uma carta-padrão, onde estão englobadas todas as irregularidade que porventura ve­nham a acontecer.

Exercício:
1.    Defina o setor de compras.
2.    Explique o processo de compras na empresa.
Bibliografia
- Curso de Administração – Telecurso TEC – Módulo 2
- Ribeiro, M.Osni. Contabilidade Básica Fácil. Editora Saraiva
- Prof. Marcelo Beneti